O que fazer no depois..

Algumas mulheres sonham em ser mães desde pequenas, elas brincam de comidinhas, de serem mães, de mamãe e papai… outras cresceram com outros objetivos, como ter uma carreira, seguir uma profissão.
Não estou dizendo que ser mãe não é ter um trabalho, e nem afirmando sobre feminismo ou machismo.
Muitos pais encorajam as filhas a se estruturarem primeiro e depois ter filhos, acaba que o desejo em si, pode surgir ou nem surgir, de ter crianças na casa. A liberdade muda, as vontades, desejos e obrigações quando se tem um bebê.
Hoje a sociedade tem crescido ainda mais, o que antes não acontecia, hoje acontece. É muito importante ver mulheres crescendo na área que gostam, se capacitando, tendo sua renda, ajudando sua família, e fazendo as coisas que gostam.
De acordo com o site “https://www.aracaju.se.leg.br/institucional/noticias/201ca-cada-10-minutos-nascem-seis-prematuros-no-brasil-alerta-dr-manuel-marcos” 931 bebês nascem por dia, o que quer dizer, que em algum momento da vida, de forma planejada ou não, muitas mulheres se tornaram mães e muitos homens pais.
A verdade é que muitas de nós não estamos prontas, mesmo sonhando ou não, o novo tem seus desafios, e muitas mulheres são alcançadas pela depressão na gravidez ou no pós-parto.
Como foi para mim
Não era meu sonho ser mãe, eu tinha o sonho de ter a casa cheia, principalmente nos feriados… mas o como eu não sabia, só não deveria ser dessa forma. Era o sonho do meu marido ser pai, e enquanto passávamos tempo juntos, algo em mim foi crescendo, provavelmente em requerimento a paixão, amor que sentia por ele.
As coisas foram acontecendo e lá estava eu grávida, de uma menina. Resumidamente tive momentos de crise durante esse período, como depressão, problemas com crise de ansiedade, traumas e muitas outras coisas. Um momento que deveria ser prazeroso não foi. Vivi uma batalha grande mentalmente.
Como disse o sonho começou a brotar, o desejo, mas o medo ainda continuava dentro de mim, minha liberdade, minha vida, minhas vontades, poder ir e vir a hora que eu quisesse, tudo mudava. Ter um filho é aprender a não se colocar em primeiro, e eu era o centro antes.
Não é que eu não deva pensar em mim, no que é bom para mim, a questão é que agora outra pessoa necessitava muito de mim para todas as necessidades dela.
Quando eu quebrei o braço quando era pequena com dez anos, quebrei os dois, a propósito, precisei da ajuda da minha mãe por três meses, foi bem ruim, precisar dela para me limpar, tomar banho, comer e muitas outras coisas.
A verdade é que só estive naquele lugar por uma desobediência dela, e mesmo assim, ela não me abandonou. (Queria abrir um parêntese para aquelas que não tiveram mãe, por perca de morte ou abandono, ou simplesmente porque elas não se importaram com você, eu não sei como é, mas com certeza deve ter sido difícil, ou ainda é) Mas tenha fé que fará diferente!!! Ser mãe é isso.
E muitas de nós, não aprendemos a isso. O negócio é que a sociedade nos ensina sobre o egocêntrico, sempre somos nós em primeiro lugar, e nunca o outro.
Nosso aprendizado começa no casamento, o certo é sempre tentar agradar e fazer o outro feliz, se ambos fizessem isso, ambos se sentiriam amados.
Ter um bebê requer principalmente um emocional bom. Apesar de tudo isso, as coisas melhoram e mudaram depois, só mudaram quando comecei a enxergar de outra forma. Ainda tem dias difíceis, cansativos, às vezes dá vontade de jogar tudo para o alto, mas permanecer é o que importam
A Mudança que começa em nós
Tudo começou a mudar, quando algumas coisas mudaram. A primeira coisa foi a aceitação. Aceitar que sou mãe, que tenho um bebê, e que ele precisa de mim.
E a enxergar ela como uma benção, um presente de Deus. A coisa que para mim e para muitas mulheres que conversei ainda é difícil é não ter tempo para tudo, cuidar da casa, dos filhos, do trabalho, cuidar de si e ainda ter tempo com a família.
Enxergo isso como subir uma montanha, é uma caminhada longa e antes disso precisamos nos preparar, capacitar. Uns conseguem fazer isso antes, outros, ou a maior parte, só consegue no trajeto.
Seja constante no pouco que você pode fazer hoje.
Uma coisa que tenho aprendido, é que o desafio é para todas nós. Nós como mulheres precisamos nos ajudar, e não nos desanimar, menosprezar e muito menos julgar.